25/09/2013
Hipotenusa: Gente do nosso tempo (I)
Hipotenusa: Gente do nosso tempo (I): João Felipe da Trindade ( jfhipotenusa@gmail.com ) Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG De costume, e por preferência, tenho pes...
24/09/2013
A DIRETORIA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN, MAIS UMA VEZ REUNIDA, NESTA SEGUNDA, 23 DE SETEMBRO DE 2013.
PRESIDENTE
VALÉRIO MESQUITA (PRESIDENTE) E RACINE SANTOS (CONVIDADO)
INTEGRANTES DA DIRETORIA DO IHG/RN
RACINE SANTOS
EDGARD RAMALHO DANTAS, PAULO PEREIRA DOS SANTOS E CARLOS GOMES
ORMUZ SIMONETTI, CLAUDIONOR BARBALHO E TOMISLAV FEMINICK
ORMUZ SIMONETTI, CARLOS ADEL, CLAUDIONOR BARBALHO E EDGARD RAMALHO DANTAS
LÚCIA HELENA PEREIRA E OS QUERIDOS CONFRADES: GEORGE VERAS E CLAUDIONOR BARBALHO
APÓS A REUNIÃO OS FESTEJOS DE LUCINHA, ESCUDEIRA FIEL DO IHG/RN, COM UMA MESA DE SALGADINHOS E A TORTA MARAVILHOSA, PRESENTE DO CONFRADE JURANDYR NAVARRO QUE NÃO PODE PARTICIPAR.
LÚCIA, NOSSO BRAÇO FORTE NO IHG/RM - A ANIVERSARIANTE.
LÚCIA E LÚCIA HELENA
PARABÉNS, LUCINHA, VOCÊ É PERSONA GRATA DO INSTITUTO, COMO JÁ DIZIA ENÉLIO LIMA PETROVICH.
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE-IHGRN ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 23 DE SETEMBRO DE 2013, LOCAL: Rua da Conceição, 622 - Centro - Cidade Alta, CEP 59.025-270 - Natal - Rio Grande do Norte.
Presenças: DIRETORIA: Presidente: VALÉRIO ALFREDO MESQUITA; Vice-Presidente: ORMUZ BARBALHO SIMONETTI; Secretário-Geral: CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES; Secretário-adjunto ODÚLIO BOTELHO MEDEIROS; Diretor Financeiro: GEORGE ANTÔNIO DE OLIVEIRA VERAS; Diretor da Biblioteca, Arquivo e Museu: EDGARD RAMALHO DANTAS; Diretor Orador ADALBERTO TARGINO; Membros do Conselho Fiscal: TOMISLAV FEMENICK, PAULO PEREIRA DOS SANTOS e LÚCIA HELENA PEREIRA e dos sócios CLAUDIONOR BARBALHO, CARLOS ADEL e RACINE SANTOS. Justificativas: Não Presenças: DIRETORIA: Presidente: VALÉRIO ALFREDO MESQUITA; Vice-Presidente: ORMUZ BARBALHO SIMONETTI; Secretário-Geral: CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES; Secretário-adjunto ODÚLIO BOTELHO MEDEIROS; Diretor Financeiro: GEORGE ANTÔNIO DE OLIVEIRA VERAS; Diretor da Biblioteca, Arquivo e Museu: EDGARD RAMALHO DANTAS; Diretor Orador ADALBERTO TARGINO; Membros do Conselho Fiscal: TOMISLAV FEMENICK, PAULO PEREIRA DOS SANTOS e LÚCIA HELENA PEREIRA e dos sócios CLAUDIONOR BARBALHO, CARLOS ADEL e RACINE SANTOS. Justificativas: Não houve. ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS: O Presidente Valério Mesquita iniciou os trabalhos pelas 9:30 horas prestando informações da forma seguinte: 1) Iniciamos concedendo a palavra ao confrade Racine Santos, que veio apresentar o projeto para publicação da Revista do IHGRN trimestralmente, mediante patrocínio da Lei Câmara Cascudo, com planilha de custos, prazos e planejamento em geral, tudo conforme exaustivamente demonstrado no referido projeto. Após discutida a matéria exaustivamente,a Diretoria, por unanimidade aprovou o Projeto, mediante a complementação de alguns dados, agradecendo o trabalho do confrade Racine Santos; 2) Sobre o Convênio com a CAERN foi recebida uma parte do material adquirido e já recebido neste Instituto; 3) A Emenda Coletiva objeto de Convênio com a Fundação José Augusto, como todos sabem, teve a sua formalização, mas estancou no CDE. Contudo, o Senhor Paulo Freire, assessor do Deputado Agnelo Alves, esclareceu que esse tipo de emenda é obrigatório o pagamento e não deveria ser sustada a tramitação do processo, devendo agora merecer a sua continuidade, com as necessárias atualizações. Quanto ao Deputado Agnelo ficou de destacar o valor de R$ 50.000,00 para liberar em favor do IHGRN ainda neste exercício; 4) Concedida a palavra ao confrade Tomislav comunicou que hoje, 15,30 horas teremos uma audiência da Diretoria com o empresário Marcelo Alecrim para tratar de possível Convênio com o Instituto e o Grupo SAT. O outro assunto foi sobre a ajuda FIERN, cujo assunto está sendo esclarecido com Ormuz. Ainda, sobre o scanner, Fernando Bezerra aventou a possibilidade de haver um Consórcio (FIERN, FECOMÉRCIO e UFRN), esta se necessário, para a sua aquisição e colocação em comodato ao IHGRN, tudo mediante uma audiência com as entidades envolvidas, sendo aprazada, inicialmente, para 1º de novembro vindouro; 5) Sobre o compromisso com a Assembleia Legislativa ainda hoje teremos uma informação atualizada, conforme contato entre o confrade Carlos Gomes e Frederico Magnus; 6) Foram distribuídos convites para os lançamentos dos seguintes livros: Dia 26, às 19 horas no Hotel Magestic - “Crônicas da Família Gosson”; dia 27 “Desembargador Floriano Cavalcanti”, de autoria do seu filho Marco Aurélio Cavalcanti, às 19 horas na Livraria Saraiva; dia 4 de outubro o livro de Gileno Guanabara sobre a Cidade do Natal, às 19 horas na Capitania das Artes. No mesmo dia, no Iate Clube, às 18 horas, o livro “Pescaria” de autoria de Waldecir Santiago. No dia 30 de outubro, às 19 horas na Pinacoteca do Estado o lançamento do livro do Presidente Valério Mesquita denominado “Presságios e Travessias”; Nada mais havendo a tratar agradeceu a presença dos diretores e encerrou a reunião, convocando nova reunião ordinária na próxima segunda-feira.
Para constar, eu,___________________________ CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Secretário-Geral do IHGRN, lavrei a presente Ata, que após lida e aprovada vai assinada pelos presentes. Presidente: VALÉRIO ALFREDO MESQUITA Vice-Presidente: ORMUZ BARBALHO SIMONETTI Secretário-Geral: CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES Secretário-adjunto ODÚLIO BOTELHO MEDEIROS Diretor Financeiro: GEORGE ANTÔNIO DE OLIVEIRA VERAS Diretor da Biblioteca, Arquivo e Museu: EDGARD RAMALHO DANTAS Diretor Orador ADALBERTO TARGINO Conselho Fiscal: TOMISLAV FEMENICK PAULO PEREIRA DOS SANTOS LÚCIA HELENA PEREIRA
23/09/2013
Lançamento do livro "Crônicas da família Gosson", do escritor Eduardo Gosson
NO PRÓXIMO DIA 26-09, LANÇAMENTO DO LIVRO: "CRÔNICAS DA FAMÍLIA GOSSON", DA AUTORIA DO ESCRITOR EDUARDO GOSSON.
Neste livro que será publicado em 26 de setembro 2013, última quinta-feira,, às 19h, no Hotel Majestic (de propriedade da família), escrito pelo poeta e escritor Eduardo Gosson, presidente da União Brasileira de Escritores – UBE/RN, vol. 04 da Coleção Bartolomeu Correia de Melo (prosa) do selo editorial Nave da Palavra, o autor conta, através de crônicas comoventes,cheias de lirismo, a história da sua família (Gosson) desde a vinda dos avós para o Brasil no ano de 1925 (imigrantes libaneses),passando pelos pais, tios, filhos e netos de forma leve. Foge ao padrão dos livros de genealogia. Pura poesia em forma de crônica.
Segundo a poeta e crítica literária Valdenides Dias, da Universidade Federal do RN – Campus de Currais Novos: “A suavidade com que você ata o fio da vida ao da morte me emociona. Mesmo poeticamente falando, dói. Tanto.”. Por sua vez, o poeta Horácio Paiva, afirma: “Você consegue expor a subjetividade de suas emoções com muito realismo – e alia tudo à nostalgia,às lembranças das pessoas e da cidade que passou...”. Avalizaram a presente obra o escritor português Carlos Morais dos Santos que assinou o Prefácio, Walter Cid que fez a Apresentação e a escritora Anna Maria Cascudo Barreto que escreveu as Orelhas. Para a filha de Cascudo: “Finalmente hoje participo já como escritora e acadêmica da União Brasileira de Escritores na sua diretoria. Encontro Eduardo Gosson, poeta e escritor, um batalhador cultural. Vejo-o como a síntese da família, naquilo que eles possuem de mais sólido. Seu sobrenome significa “árvore frondosa” em árabe. Ele é o somatório das virtudes adquiridas em terras brasileiras. Tem a simplicidade dos múltiplos, o brilhantismo dos modestos. Um líder, descobridor e incentivador de talentos. Incapaz de um sentimento menor. Pai amantíssimo. Avô fascinado. Excelente marido. Amigo como poucos.
Surgiu na vida como um sol que não admite sombras nem se deixa tolher pelas tempestades. Vive buscando a luz do paraíso da igualdade. Seu corpo frágil disfarça o gigante de esperanças. Pássaro que voa feliz apesar das correntes de ar contrárias. Acredita, como Esopo (século VI a.C.” ) que “a união faz a força”. Seu comunismo resulta no amor ao próximo. Sem buscar recompensas. Sua meta é erguer pontes quando só existiam paredes.”
SERVIÇO:
Lançamento do livro Crônicas da família Gosson
Lançamento do livro Crônicas da família Gosson
Selo editorial Nave da Palavra da União Brasileira de Escritores e exposição comemorativa de Fausto Gosson – um ano de saudades!
Data: 26.09.2013 (quinta-feira)
Hora: 19h
Local: Hotel Majestic sito à Av. Roberto Freire, 8860 – Ponta Negra. Após ultrapassar a Feira de Artesanato que fica em frente ao semáforo é o primeiro hotel à direita, vizinho ao Only Pizza. Tem estacionamento no hotel e, ao lado, há um terreno baldio, que é estacionamento
Valor do livro: R$ 30,00
22/09/2013
A dimensão de um estadista
Cláudio Emerenciano (Professor da UFRN)
As mudanças são precedidas de sonhos. É o triunfo do espírito e da luz. Em todo e qualquer lugar. A humanidade dá saltos e retoma sua marcha de evolução. Sempre inspirada em utopias. Que moldam novas realidades e deixam suas marcas. Os laços humanos dão sentido e força às formas de aprimoramento individual e coletivo. Quanto mais se eliminem os grilhões e a degradação do homem, mais largo é o caminho de realização dos sonhos, que se amontoam e se renovam desde o nascer dos tempos. Viver é mudar lentamente. Crescer em todas as dimensões. Sempre e sem descontinuidade numa ascensão cultural, ética, moral e espiritual. A busca da Luz.
Não importam o tempo e o espaço onde desabrocham, formam-se e se revelam a vocação, o caráter, a visão e a consciência cívica de um estadista. De um pequenino lugar, num amontoado de casas, que abrigam homens, mulheres e crianças, ao qual dão o nome de vila, povoado, cidade pequena ou lugarejo, com relações humanas marcantemente típicas e provincianas, chantadas e vinculadas à terra e à natureza, suas crenças, seus desafios e seus sonhos se confundindo com o usufruto peculiar da vida, desponta alguém que, um dia, há de revolucionar, mudar, dignificar e opulentar sua pátria e seu povo. Essas pessoas, que se agigantam ao longo da vida por servir e ampliar o bem comum, agregando também conhecimentos, valores, ideais, exemplos, percepções e caminhos novos à sociedade, enquanto vivem tipificam o ser estadista. Assim foi Juvenal Lamartine de Faria. Desde os tempos como aluno do padre e senador Britto Guerra em Caicó. Até à construção do legado como professor, jurista, homem público, legislador, tribuno, sociólogo, escritor, jornalista e memorialista. O caráter e o sentido da modernidade repousam na partilha e evolução do que é bom para todos. Pelo menos no essencial - dizia o gênio inimitável de André Malraux. Ensejando sua ascensão em todos os sentidos. Há líderes que revelam e encarnam sentimentos nacionais. Ou expressam um estado de espírito comum a um povo, nações e até a uma civilização. Ou ainda mais: interpretam, durante algum tempo, em circunstâncias excepcionais, o clamor e as esperanças do gênero humano. Que podem manifestar-se, singularmente, num lugar, numa região ou num país. Até alçar-se à universalidade.
O Rio Grande do Norte e o Brasil devem muito a Juvenal Lamartine de Faria. Antes de governar o nosso Estado, como deputado e senador, ombreado a Eloy de Souza e José Augusto, propôs soluções definitivas para a região nordestina, particularmente no semi-árido. Aluno e discípulo de Clóvis Beviláqua na tradicional Faculdade de Direito do Recife, mais tarde, como deputado, colaborou com o mestre na elaboração do Código Civil Brasileiro, sobretudo na parte relativa ao Direito das Coisas. O grande José Augusto Bezerra de Medeiros, primo e seu antecessor no governo do Estado, assim resumiu o depoimento sobre sua atuação: “Lamartine ocupou todas as funções eletivas no Rio Grande do Norte. Executivo, chegou a governador. Legislativo –deputado e senador federal, e Judiciário, como juiz de Direito de Acari. Em qualquer desses três ramos da atividade pública ele foi uniforme, isto é, só tinha uma diretriz – o cumprimento do dever”. Lamartine, pioneiramente no Brasil, através do deputado estadual Adauto Câmara, institucionalizou o voto feminino no Rio Grande do Norte. (na época a legislação eleitoral era estadual). Também foi responsável por transformar o nosso Estado (de 1926 a 1930) num pólo da aviação civil, com campos de pouso em quase todos os municípios. A ele se deve as gestões e ações que resultaram na escolha de Parnamirim para sediar um grande aeroporto. Seu governo deflagrou uma revolução urbanística em Natal, apoiando o prefeito Omar O’Grady e o urbanista Giácommo Palumbo na concepção e implantação do primeiro plano diretor, demarcando-se para a posteridade seus bairros, ruas e avenidas. Redes de saneamento foram iniciadas e uma agressiva implantação de açudes e poços tubulares, retomadas no governo de Rafael Fernandes, cinco anos depois de sua deposição pela Revolução de 30. Curiosamente, Juvenal Lamartine professava os ideais do Movimento, mas se manteve leal ao Presidente Washington Luís, de quem era amigo e exercera a função de seu líder no Senado. Em 1927, Washington Luís o convidou para ser ministro da Fazenda. O convite foi recusado por preferir governar o Estado. Poucos políticos foram tão perseguidos por Getúlio Vargas quanto Lamartine, provocando seu exílio na França de 1930 a 1933. Ao retornar, organizou com José Augusto e Eloy de Souza, entre outros, o Partido Popular. Parafraseando Tancredo Neves: “O exílio era o toque que faltava para compor a imagem histórica de Juvenal Lamartine”. Um homem com a dimensão de estadista.
21/09/2013
Cordeiros e Carneiros
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
As mesmas águas, que fizeram submergir a Ilha de Manoel Gonçalves, expulsaram de lá seus habitantes e visitantes para diversas localidades, como Macau, Pendências, Oficinas, Rosário, Cacimbas do Viana, Curralinho e outras tantas. As coisas da natureza e a natureza das coisas vão tecendo o destino das pessoas, juntando-as e separando-as, tudo ao mesmo tempo. A cada instante, o mundo é redesenhado. O caos reordena a natureza.
Aquele porto, no meio do mar, onde tantas embarcações ancoravam e por onde tantas pessoas, das mais diversas nacionalidades e localidades circulavam, com seus negócios e afazeres, jaz submerso no oceano e esquecido pelas autoridades. Nem um farol e nem um marco está presente onde foi a nossa Atlântida. Por onde andam os remanescentes daquele povo que transitava ou residia na Ilha esquecida? Quantos sabem que seus antepassados passaram por lá?
Pesquisando em velhos livros da Cúria, vou repassando a antiga história do nosso povo e dos nossos heróis esquecidos. Vez por outra encontro, através de seus descendentes, velhos conhecidos. Em uma dessas viagens, nos livros da Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, encontro o batismo de Eliziário, que me fez recordar o lisboeta Eliziário Antonio Cordeiro, lá da Ilha de Manoel Gonçalves. Paro e vou examinar o registro, em busca de algum elo com o povo que lá vivia.
Aos vinte e três dias de junho de mil oitocentos e setenta e três, o Reverendo Coadjutor Pro-Pároco Joaquim Francisco do Nascimento batizou solenemente Eliziário, nascido a seis de maio do mesmo ano, filho legítimo de Manoel Martins de Oliveira e Rita Xavier Bezerra. Padrinhos, o Reverendo Padre Francisco Constâncio da Costa e Francisca Jeracina Cordeiro. E para constar fiz este assento. José Herôncio da Silveira Borges, Coadjutor Pro-Pároco.
Esse Manoel, acima, deve ser o filho de Eliziário Antonio Cordeiro e Antonia Silvéria de Oliveira, ele de Lisboa, ela da Serra de Martins, que nasceu aos trinta de outubro de mil oitocentos e trinta, e foi batizado na Ilha de Manoel Gonçalves. Nas minhas hipóteses, Antonia Silvéria de Oliveira era filha do capitão Silvério Martins de Oliveira e Joanna Nepomucena. Dona Joana, que viúva residiu um tempo na Ilha, era filha do capitão Manoel Ignácio de Carvalho e Anna Josepha Joaquina de Albuquerque, residentes na Serra de Martins. Lembramos que o capitão Silvério e Dona Joana foram sepultados na Igreja do Bom Jesus das Dores, aqui na Ribeira do Potengi.
Um dos filhos de Eliziário, com o mesmo nome, casou em 1869, na Barra de Mossoró, com sua parenta Antonia Cordeiro de Carvalho, filha de Gorgonio Ferreira de Carvalho e Anna Joaquina Cordeiro.
Em outro registro encontro que aos vinte e oito de dezembro mil oitocentos e três, era batizado Raymundo, que nasceu aos vinte e sete de novembro do mesmo ano, filho de José Martins Cordeiro e Victoriana Joaquina Pinheiro, tendo como padrinhos Pedro Liberato Bimont e dona Maximiana Synphronia da Costa. Esse José Martins deve ser, também, um dos filhos de Eliziário Antonio Cordeiro e Antonia Sivéria.
Raymundo, que virou Raymundo Rodrigues Cordeiro, casou em 30 de novembro de mil oitocentos e noventa e cinco, aqui na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, com Francisca Viterbina Gomes Carneiro, filha de João Viterbino Gomes Carneiro e Maria Florentina Carneiro de Mello, perante as testemunhas Nicoalu Bigois e Luis Ferreira França.
Esses Carneiros são velhos conhecidos nossos. João Viterbino e Maria Florentina casaram em 1871, com dispensa de consanguinidade, ele filho de Manoel Gomes Carneiro e Francisca Xavier de Miranda Henriques, e ela filha de João Gomes Carneiro de Melo e Anna Joaquina Teixeira de Souza, que viveram um tempo em São Gonçalo e, depois, foram para Cacimbas do Viana. Francisca Bela, uma irmã de Maria Florentina, foi batizada em Macau, em 1848, e casou na Fazenda Conceição, em 1864, com meu tio-bisavô Cosme Teixeira Xavier de Carvalho. Maria Leocádia, outra irmã de Maria Florentina, casou em Angicos, em 1861, com José Odorico da Costa Ferreira, filho de Antonio Martins Wladislau da Costa e Antonia Teixeira de Sousa.
Em outro artigo já discutimos que João Gomes Carneiro de Melo descendia do lisboeta João Gomes Carneiro e de dona Anna Ferreira de Miranda.
Você que é Cordeiro ou Carneiro pode descender desses portugueses. Você já encontrou seus passos no passado?
OS ÍNDIOS POTIGUARES E HOLANDESES
Isabel Pinto
ÍNDIOS POTIGUARES E OS HOLANDESES
Com muita frequência,
ainda escuto de alguns que os índios potiguares se aliaram
aos holandeses com muita facilidade, vez que eram tratados pelos
flamengos com muito respeito e cordialidade..
Cabe ressaltar que, no
Nordeste, já existiam aldeamentos administrados pelos jesuítas, com a
missão da catequese da população indígena. Assim, os índios já tinham
conhecimento do cristianismo.
Assim, faz-se
necessária uma visão crítica e isenta de “nuanças cor-de-rosa” para análise de
fatos históricos. Os indígenas foram tratados, tanto os portugueses como os
holandeses, apenas como mais um instrumento de conquista do território que se
mostrava economicamente viável.
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(BLOG GENEALOGIA SERTANEJA)
20/09/2013
Elísio
Augusto de Medeiros e Silva
Empresário,
escritor e membro da AEILIJelisio@mercomix.com.br
Neste
último domingo cheguei cedo à Ribeira, indo ao encontro de coisas que tinha
visto no passado e não queria esquecer. Ainda do alto da “Ladeira de Marpas”
observo os telhados dos antigos prédios, o rio, e o céu. O sol dá seu espetáculo
costumeiro ao surgir, como por encanto, sobre as águas do Potengi que banha o
bairro.
Pelo
horário, as ruas estão bem calmas. Uma ótima ocasião para rever os velhos
prédios onde funcionaram casas comerciais e repartições públicas, hoje
extintas. A história do bairro ribeirinho desaparece dia a dia, em meio às
ruínas e desamparo.
Porém,
com devoção, encaminho-me vez ou outra para andar por ali, na esperança de
avistar novamente as luzes do progresso e a revitalização tão prometida.
Caminho
na esperança de encontrar no chão ou diante de algum prédio antigo alguma velha
lembrança, como, por exemplo: um daqueles envelopes azuis da marca Elco, com bordas
enfeitadas por bandeirinhas em azul-marinho e vermelhas, com os dizeres “Luftpost”
e “Par Avion” impressos, tão comuns em Natal por ocasião da II Grande Guerra.
O
sol começa a esquentar e afugentar das ruas os últimos bêbados e desocupados,
que fazem do bairro o seu refúgio noturno. Continuo andando, como se fosse
possível trazer de volta as passagens do passado.
Alguns
passarinhos deixam os seus abrigos e com trinados alegres desfrutam da
liberdade e cantam, talvez, anunciando o novo dia que chega. Os pássaros
alegram-se com o sol, caçando frutinhas e vermes para levar aos filhotes que os
aguardam nos ninhos.
Prossigo
a caminhada solitária, pois a nostalgia dos tempos que se foram não me abala. Continuo
o passeio pelas ruas antigas e mal cuidadas, impregnadas dos perfumes da manhã
e da brisa suave que vem do rio. Noto, com pesar, que a fuligem persistente
enegrece as fachadas seculares de alguns prédios mal cuidados.
Chegam-me
lembranças de outros tempos – os quais, com certeza, não voltarão mais. Continuo
a observar, em muda desaprovação, as ruínas dos prédios antigos, que tinham
sido utilizados em atividades produtivas e agora declinam pelo abandono. Parece-me
que estou a folhear um velho álbum de fotografias, com folhas amareladas pelo
tempo.
Da
esquina da Rua Chile avisto um velho conhecido – o Rio Potengi que corre, sem
pressa, de encontro a bela ponte estaiada da Redinha.
À
minha direita, a Rua Dr. Barata, lembro-me que, em 1942, aquela rua foi o
centro da elegância de Natal, com belas lojas, cafés, e casais tranquilos que
passeavam durante as tardes. Era o “footing natalense”. Surpreendo-me com suas
condições atuais. Parece-me que está entregue ao mofo do esquecimento coletivo.
Detenho-me
frente a um antigo prédio abandonado e entregue a voracidade das ervas
daninhas. Pelo visto, não demora a ruir.
Prossigo
pela Rua Frei Miguelinho e deparo-me com o Beco da Quarentena transformado em
uma cloaca pública, criadora de insetos. De longe, observo o “cajá das
raparigas”, cheio de frutos. Porém é impossível me aproximar.
Volto
para Av. Tavares de Lira e detenho-me onde funcionou “Zé das Canetas”, ao lado
da barbearia de Chico Gororoba; a Agência Pernambucana, frente à Livraria
Internacional de João Rodrigues, nada disso existe mais.
Até
quando a Ribeira continuará o seu declínio?!
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