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03/12/2015
NOTÍCIAS DA ANRL
A ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS VIVEU NESTE INÍCIO DE DEZEMBRO, MOMENTOS DE REGOZIJO COM A REALIZAÇÃO DE DUAS ASSEMBLEIAS GERAIS:
1. ELEIÇÃO DA DIRETORIA, DO CONSELHO FISCAL E DAS COMISSÕES
PERMANENTES DA ANRL, PARA O BIÊNIO 2016-2018
DIRETORIA: Presidente:
Diogenes
da Cunha Lima; Vice-Presidente: Paulo Macedo; 1º
Secretária: Leide Câmara; 2º Secretário: Iaperi Araújo; Tesoureiro:
Paulo
de Tarso Correia de Melo; Diretor da Biblioteca: Jurandyr Navarro
da Costa; Diretor da Revista: Manoel Onofre Júnior; CONSELHO FISCAL
(COMISSÃO DE CONTAS): Ivan Maciel de Andrade; Cláudio
Emerenciano; Padre João Medeiros Filho; COMISSÃO DE ÉTICA: Carlos Roberto de Miranda Gomes; Diva Cunha;
Valério Mesquita; COMISSÃO DE SINDICÂNCIA: Armando Negreiros; João Batista Pinheiro Cabral; Paulo Bezerra.
O evento foi conduzido pela Comissão Eleitoral composta pelos Acadêmicos CARLOS
ROBERTO DE MIRANDA GOMES, Presidente, IAPERI ARAÚJO, Secretário e JURANDYR NAVARRO DA COSTA, Membro. VOTARAM 30 IMORTAIS.
2. ELEIÇÃO DE NOVO MEMBRO ACADÊMICO
PARA A VAGA DA CADEIRA Nº 04 DA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS
Foi eleito, no primeiro escrutínio, o candidato CASSIANO ARRUDA CÂMARA, com 27 sufrágio, dentre 30 eleitores. Os demais concorrentes foram: Naide Maria Saraiva de Gouveia, Maria Jandir
Candéas, Ruben Guedes Nunes e Washington Luís Andrade de Araújo. A reunião foi presidida pelo Acadêmico Diogenes da Cunha Lima com o auxílio de Comissão composta pelos Membros Carlos Roberto de Miranda Gomes, Iaperi Araújo e Leide Câmara, que secretariou a reunião.
NOSSOS PARABÉNS AOS ELEITOS.
02/12/2015
A INTENTONA COMUNISTA DE 35 EM MACAÍBA
Valério Mesquita*
Mesquita.valerio@gmail.com
Transcorria o mês de maio na pacata e provinciana Macaíba de
1935, contou-me o saudoso memorialista José Inácio Neto (Zezinho), testemunha
ocular daqueles dias. Na rua João Pessoa, no centro, instalava-se a Alfaiataria
Estética, do alfaiate e pastor evangélico Pedro Dantas, que tinha dois filhos:
Silas e Esdras. Administrava o município o prefeito Alfredo Mesquita Filho.
Aqui e acolá os convescotes da cidade se sucediam. No Café Gato Preto, o vento
leste do rio Jundiaí trazia rumores de tiroteios em Natal. Paulo Teixeira,
eterno apaixonado de D. Belinha, Santos Lima e outros atribuíam os disparos aos
folguedos da celebração da festa de Santa Luzia, logo contestado por católicos
de plantão com relação à data festiva da santa.
Ali perto, na rua da Cruz, o riacho da raiz cavara uma enorme
vala e nela caiu o popular Tutu, pai de Zé Caju. A importância e a
espetacularidade da queda provocaram a visita do juiz de Direito, à época Dr.
Virgilio Dantas, com todo séquito cartorial. Depois daí, Tutu são e salvo,
passou a ser chamado o homem do buraco. Dia seguinte, domingo, às oito da
matina entra na cidade uma volante comandada pelo sargento Wanderley, que
rendeu sem reação todos os soldados da cadeia pública local e entregou os fuzis
aos presos de justiça. Em seguida, tomou conta da cidade construindo uma
trincheira na rua do Vintém e disparando tiros para amedrontar a população. O
fato fez a cidade ficar deserta e fugir para os sítios e arredores. O próprio
delegado Barbosa recomendou aos habitantes que se refugiassem fora dos limites urbanos
da cidade. Mas não contava com a presepada de Alberto Vitalino, munido de uma
pistola TB que fazia mungangas na via pública. Bastaram os vôos rasantes e
barulhentos de um avião teco-teco para os dois baterem em retirada, em
desabalada carreira, na direção de Jacobina. O prefeito Alfredo Mesquita
abrigou-se no sobrado de Francisco Pinheiro observando o movimento pelas
rótulas da janela e recebendo instrução das forças legalistas através de
emissários. O vigário da paróquia era o padre Pedro Paulino Duarte da Silva.
Mas, o fato surpreendente estava por acontecer. O alfaiate Pedro Dantas
postulou assumir a prefeitura demonstrando, com isso, súbita vocação
bolchevista. O desejo lhe foi negado de pronto. Faltava-lhe o atestado
ideológico. Escoadas as inquietantes 48 horas do movimento, na terça-feira,
Macaíba voltou paulatinamente à normalidade.
Os moradores retornaram do “exílio” dos sítios e lugarejos. Apenas,
alguns comentários perduraram nas rodas da cidade. Primeiro, o célebre buraco
de Tutu foi fechado por Paulo Bulhões, de ordem do prefeito, que lamentou,
depois, o fato de nenhum comunista nele não haver desabado; na cadeia pública,
onde os movimentos de 35 instalaram o seu “quartel general”, foi achado dinheiro
escondido até nas privadas. O próprio Zezinho, movido pela curiosidade, fez uma
fezinha e prospecção nas escavações das trincheiras comunistas; e, por fim, o prefeito
que não foi, o alfaiate Pedro Dantas foi para a berlinda passando a ser
conhecido mais como comunista do que como alfaiate e evangélico. Sem falar no hilário
caso de sua cunhada que namorava José Chinês, tipo popular e irmão do soldado
Joaquim de Juvêncio, que se despiu na rua debatendo-se com uma pulga comunista e
radical que lhe penetrou no saco escrotal, picando-o por várias horas. Segundo
Zezinho, esse foi o saldo da intentona em Macaíba.
(*) Escritor.
01/12/2015
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